Áudio Original:
https://apotheose.live/blog/2024/05/14/extrait-n1-frere-k-guerir-du-reve-11-mai-2024/
CURAR O SONHO - Parte 1
Jean-Luc e Irmão K
Sábado, 11 de maio de 2024
Apresentação magistral do Irmão K
durante a reunião Coração a Coração.
Irmão K: Meu nome é Irmão K. Saúdo e honro a vossa
presença, a vossa escuta e o vosso acolhimento.
Já se passaram sete anos terrestres
desde a última vez que me exprimi entre vós. Eu volto, neste momento particular
do desenrolar da história da Terra, tanto para fundir-me, em Silêncio, com seu
Coração, como para dar-lhes alguns comportamentos a observar, a fim de que
possam estar presentes no sonho e, ao mesmo tempo, não serem afetados pelo que
pode desenrolar-se em sua vida ou, em todo caso, no mundo, doravante. Chegou o
momento de irem ao fundo de vós próprios.
Há mais de dez anos, chamei a vossa
atenção para o efeito das telas sobre a vossa consciência e para os efeitos do
que podem observar dentro de vós, voltando a vossa consciência para fora de
vós.
Durante muitos anos, foram preparados para o que agora se
desenrola nesta Terra, através de inúmeras experiências, de inúmeras palavras,
para se colocarem no Coração do Coração, no Silêncio da aceitação do que é,
fazendo-os compreender e experimentar que não poderiam estar noutro lugar senão
onde estão agora, neste corpo e nesta história. A Inteligência da Vida e a
Inteligência da Luz, de acordo com o vosso próprio cenário, transportaram-vos
literalmente para o Aqui e Agora da vossa história.
Através de inúmeros ajustes conscientes e inconscientes, foste
levado a posicionar-te o mais próximo possível de ti mesmo, o mais próximo
possível do Real, onde, como foi dito: “Tu nunca nasceste e nunca morreste. ''
Lá onde o observador silencioso pode contemplar ou temer o cenário
que se desenrola em vós e à vossa volta, numa altura em que o sonho da criação
vos oferece não duas escolhas, mas duas experiências complementares e
antagônicas: viver o Amor que sois, para além da forma e, ao mesmo tempo e no
mesmo espaço, o caos total do mundo da ilusão, dando-vos, por vezes,
dificuldade em se adaptarem ao Grande Silêncio que sois e ao Real.
Alguns de vocês já se reencontraram, inclusive há muitos anos.
Mas, qualquer que seja a etapa do vosso reencontro convosco mesmos, não é menos
verdade que as circunstâncias do sonho e as circunstâncias do Real podem
representar aspectos difíceis de viver. Hoje, venho propor-vos que curem o
vosso próprio sonho, que curem a vossa própria cena de sonho, para não
participarem no caos do mundo e no caos da ilusão.
Não se trata, de modo algum, de um ensinamento, mas sim, muito
mais concretamente, de uma maneira de se comportar como um personagem que vive
o sonho, a fim de deixar o Real emergir em plenitude.
Curar o sonho não significa fugir do sonho, mas, pelo contrário,
assumi-lo na sua totalidade e vê-lo como ele é. É preciso aceitar que tudo o
que se desenrola e se desenrolará nos dias que vem, são apenas pretextos para
se reencontrar. E, para isso, é indispensável um certo conselho de consciência
e de comportamento.
Em primeiro lugar, deves estar intimamente convencido de que tudo
o que vives, tudo o que percebes, tudo o que se desenrola e acontece não tem
nada a ver com o Real.
Foi-vos dito muitas vezes ao longo destes sete anos, que nenhuma
história, nem mesmo a mais luminosa, pode ser o Real. Este é um dos elementos
que amplia o sonho. Como eu disse, é preciso aceitar a totalidade do sonho,
vê-lo como um sonho e aceitá-lo como um sonho. Tudo é um pretexto para vos
encontrardes na totalidade. Não é preciso fazer mais nada para além de estar
presente a si próprio.
E, da mesma forma que descrevi durante a minha encarnação, no
momento da morte do meu irmão, qualquer que seja a intensidade da vossa
alegria, qualquer que seja talvez a intensidade do vosso sofrimento, qualquer
que seja a intensidade da vossa compreensão ou da vossa consternação, devem
permanecer, antes de mais nada, como um observador silencioso do que se
desenrola.
Porque, nesse momento, compreenderão que não são nada daquilo que
se desenrola.
(Ouve-se claramente um gato durante o Coração a Coração).
Compreendam bem que não se trata de fugir, mas sim de ultrapassar
todas as ondas ilusórias da consciência e dos mundos da forma. A partir desse
momento, estarão cada vez mais disponíveis para o que foi nomeado e chamado de
diferentes maneiras, quer lhe chamem Hic et Nunc, Aqui e Agora, quer lhe chamem
Tempo Zero, quer lhe chamem o Real ou Parabrahman, então estarão disponíveis
para serem o que Vocês São.
Neste espaço e neste tempo, no meio do vosso corpo de carne,
verão, sem julgamento, todas as ilusões das vossas histórias, todas as ilusões
das vossas percepções e dos vossos sentimentos. Esta é uma aprendizagem rápida,
dadas as circunstâncias da Terra que vos foram anunciadas ontem e que se
desenrolarão para nós, presentes juntos hoje, mas também para todas as
consciências fragmentárias da forma, deste mundo e de toda a criação.
Este é o momento que o Cristo Cósmico chamou de Fusão de Alfa e
Ômega. Devem estar desprovidos de todas as crenças. Não acreditem mais em nada.
Não projetem absolutamente nada em nenhum futuro. Então deslizarão
progressivamente, e por vezes brutalmente, para a vacuidade do Instante. Nenhum
resíduo ou vestígio de crença no que quer que seja deve permanecer em vós. E
então, nesse momento e efetivamente, assistirão o desenrolar de um filme.
Deixarão de ser afetados emocional ou mentalmente.
Vos vereis vosso personagem pelo que ele é, um veículo de
histórias e um veículo de sofrimento. Mas constatarão que não são nenhum destes
veículos. Já não se identificarão de modo algum com os vossos corpos e muito
menos com o cenário que se desenrola na vossa vida e no mundo inteiro. E, para
se encorajarem, é bom compreenderem e aceitarem que, nestes momentos em que vos
parecem ser os mais difíceis da história, a resiliência e a superação são os
mais fáceis de magnificar e manifestar.
Desta forma, vós podereis curar o sonho. Assim, curarão facilmente
o mito da criação e, gradual ou brutalmente, instalar-se-ão na Alegria
Silenciosa do que Vocês São, do que nunca nasceu. Tu és Deus, tu és também o
diabo. Mas, para além desses dois extremos, tu estás para além de todas as
histórias, o que quer que tu tenhas dito a ti mesmo até agora, as experiências
que tenhas tido, as tuas percepções, a tua falta de percepção, tu mergulharás,
então, cada vez mais profundamente no Silêncio.
Nós podemos tomar um exemplo que é muito familiar para a maioria
de vocês. Ele foi transcrito por uma mulher chamada Gitta Mallasz, que, durante
a Segunda Guerra Mundial, recebeu o Diálogo com o Anjo, que, pessoalmente, de
onde eu estou, eu prefiro chamar de O Evangelho da Pomba, porque ele foi um dos
principais atores do mito da criação e cujo papel vibratório não personificado
é essencial hoje. Ele apresentou-se a vós há dezesseis anos como o Arcanjo
Uriel.
Mas, deixando para trás todos os mitos e todos os arquétipos,
vocês devem lembrar-se, sobretudo, que chegou o momento de viver esta inversão
última da consciência, o que quer que as vossas percepções ou o vosso corpo vos
digam, o que quer que os vossos entes queridos vos digam, o que quer que
qualquer ensinamento vos tenha dito, mesmo aquele do Diálogo com o Anjo. É
tempo, hoje, de pôr tudo isso em prática no Silêncio de seu Ser e, assim,
juntar-se à Fonte do Ser, à Fonte do Ser que nada mais é do que o Não-Ser de
Parabrahman. Trata-se, efetivamente, de uma questão, hoje, ao nível coletivo...
Vou pedir um pouco de água antes de continuar. Aparentemente, não
há ninguém para me dar água. Por isso, vou continuar assim.
Durante esta última inversão, eu recordo que a chave essencial não
é o que se pode ver, nem o que se pode compreender e, ainda menos, o que se
pode sentir, mas, simplesmente, deixar que a Vacuidade e o Silêncio se
estabeleçam. Nenhum marcador de memória, nenhum marcador energético ou
vibratório, tem qualquer utilidade para vós, porque mesmo a percepção e a
vibração fazem agora parte da ilusão e do sonho.
A melhor maneira de se acompanharem a vós próprios, aos vossos
entes queridos e a toda a criação, que vos será cada vez mais evidente, será a
magnificência do Silêncio.
Vosso olhar deve estar voltado para onde não há nada a ver, onde
não há nada a esperar e ainda menos a temer. Lembrem-se que cada um de vós
criou, desde o primeiro sopro da criação, a maneira de se encontrar. Cada um de
vós tem um caminho diferente. Não tendes nada a julgar. Não há superioridade ou
inferioridade em nenhum sentido. Existem inúmeros caminhos para os Peregrinos
da Eternidade, mas todos os caminhos se revelarão ilusórios para vós.
E compreenderão o que isso significa: “Nunca nasceste e jamais te
moveste”, quaisquer que sejam as circunstâncias da vossa vida, quaisquer que
sejam as circunstâncias do vosso corpo e quaisquer que sejam as circunstâncias
deste mundo e de todos os mundos.
Eu diria que a dificuldade para vós, que ainda estão sujeitos a um
corpo e ao sonho, é a de ainda acreditarem ou darem crédito ao vosso corpo ou à
vossa vida. Já não podeis ser a vossa vida e ser a Vida. Não há escolha a
fazer, nem acreditais que tendes de escolher entre um ou outro.
Não se trata de uma escolha, independentemente do que ainda possas
pensar. É simplesmente uma evidência que vai se impor cada vez mais. Quaisquer
que sejam os vossos ressentimentos, quaisquer que sejam os vossos sentimentos
humanos ou divinos, eles estão destinados a desaparecer no instante inicial e
final da criação.
Não é uma questão de dar um dia, não é uma
questão de dar uma data, mas é uma questão de estar nesses momentos, porque é
nesses momentos que, como eu disse, a resiliência e a Verdade são encontradas.
Já não precisas mais de contar histórias sobre
o que quer que seja. A vossa consciência, por mais ilusória que seja, deve
voltar-se para o Real que vos é desconhecido. Deixa que o desconhecido se
apodere de tudo o que pensas que és. Não deve fazer qualquer esforço, não deve
ter qualquer tensão em relação a qualquer objetivo. Tens de te disponibilizar
para o Real com cada vez mais intensidade, espaço e tempo, para evitar qualquer
risco de sofrimento. Isto se desenrola neste momento mesmo, quer tenha consciência
disso ou não.
As núpcias solares estão em curso. Na escala da criação, estas
núpcias solares poderiam representar aquilo a que se chamava, há muitos anos,
de a Presença Última, a Presença Infinita ou Shantinilaya, porque são todos os
sonhos da criação e todas as dimensões que colidem e se fundem.
Isto é muito mais do que o que Bernard de Montréal anunciou há
alguns anos sobre a revelação da mentira planetária e cósmica. É a revelação da
vossa divindade e a revelação do que sois para além dos qualificativos e dos
conceitos de Ser e Não-Ser.
Todo o palco do mundo está agora a convergir para este indefinido
e infinito. Cada um de vós é chamado a pôr fim a toda a sujeição, a toda a
autoridade externa e interna. Sois simultaneamente a pedra angular da criação
do sonho, e a origem e o objetivo do sonho da criação.
Esta certeza e esta experiência devem impor-se mesmo na vossa
consciência, mesmo nas vossas emoções e nos vossos pensamentos que não são os
vossos. Trata-se, efetivamente, como explicou o Comandante, de uma grande
alegria e de um grande Silêncio e, ao mesmo tempo, de um grande relaxamento,
pois deveis descobrir por vós mesmos que sois a perfeição e que tudo está no
seu lugar.
As vossas alegrias, o vosso sofrimento, a vossa dor, o que quer
que seja que estejam a suportar na vossa vida, neste preciso momento, são
apenas pretextos que escreveram. Como vê, curar-se do sonho não é mais do que
aceitar que tudo não passa de um sonho.
Como Bidi teve a oportunidade de vos dizer, tudo o que têm de
fazer hoje é ouvir as minhas palavras para que elas se tornem também as vossas
palavras. E que regressem o mais rapidamente possível ao lugar onde jamais se
moveram. Esse é o ponto culminante do Amor e da Sabedoria, e o caos do mundo é
apenas o pretexto para estar lá.
Para ser esse Silêncio inefável, onde até as vibrações, as portas
e as estrelas e os mestres se tornam insignificantes, e que este corpo é apenas
um veículo, tal como toda a criação foi apenas o veículo da ilusão que
aceitaram jogar. Perceberão que nada é verdadeiro, mesmo no maior sofrimento,
mesmo nos maiores sentimentos de perda.
Descobrirão que, na realidade, nunca estiveram perdidos, nunca
sofreram. Apenas o tempo e a forma vos deram a impressão e a vivência. Acima de
tudo, trata-se também de uma grande libertação. Quaisquer que sejam as vossas
percepções, qualquer que seja o caos do Tempo Zero que Anael vos descreveu tão
perfeitamente, vocês estão nos momentos iniciais e finais que precedem o Real.
O momento em que o sonho será visto por aquilo que é, um sonho que
apenas passou, inscrito, portanto, fora do tempo, onde o princípio e o fim se
juntam, onde o desdobramento da consciência se deu do finito para o infinito.
Você foi apenas a testemunha, o observador e o ator. Agora é tempo de
redescobrir o que sempre foram, antes do Amor, antes da Luz, antes da forma.
As palavras mais simples que escolhi hoje têm este poder evocativo
e invocador, para vos ajudar a adaptarem-se ao Aqui e Agora, para transcenderem
e dissolverem todas as ilusões de todas as histórias. E as trocas que vamos ter
durante o resto do dia permitir-nos-ão viver isto de forma cada vez mais clara
e brilhante.
As palavras que acabo de dizer podem ser transcritas porque terão
a mesma virtude, a de vos servir e de vos libertar do sonho. Porque também
estas palavras escolhidas não podem falhar, a partir do momento em que forem
sinceras, essa sinceridade que conduz à lucidez e, naturalmente, à aceitação e
à experiência de que vocês jamais nasceram.
Este não é um discurso para amanhã, é um discurso para agora,
porque há chaves vibratórias que inseri nestas palavras, precisamente para ir
além e transcender qualquer aspeto vibratório, e trazer-vos de volta ao Coração
do Coração.
O que vamos partilhar agora, durante o resto do dia, diz respeito
mais especificamente aos irmãos e irmãs que estão presentes, cada um com a sua
história de sonho, cada um de com os seus desafios e as suas perguntas.
Vou partilhar o meu tempo com aquele que me acolheu durante tanto
tempo, aquele que, no mundo da forma que hoje veem, encarnou o próprio
princípio do Pai e que hoje vos cabe encarnar na totalidade.
Eu sou o Irmão K, no Instante e na Eternidade, em todo o tempo e
em todo o espaço. Transmitimos uns aos outros o Amor Indivisível que tornou
possível o sonho e que, hoje, nos lembra que não somos nada do sonho. Permaneço
convosco até ao fim deste dia e estarei convosco a cada instante através do que
acabo de proclamar e de declamar.
Deixo-vos, agora, integrar os Silêncios das minhas palavras, para
que possam, ao mesmo tempo, acolher e interrogar o que se desenrolou durante
estas palavras, porque o testemunho que podem dar uns aos outros é o vetor do
Real para cada um de vós.
Eu sou o Irmão K e eu vos saúdo.
***
Transcrição do áudio: Equipe Agapè
Tradução: Marina Marino
Fonte da Imagem:
https://www.facebook.com/groups/293893747352484/
Silêncio . SILENCIO.
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