Jean-Luc e Irmão K (Parte 2) - 11 de maio de 2024

 

Áudio Original:

https://apotheose.live/blog/2024/05/14/extrait-n2-frere-k-guerir-du-reve-11-mai-2024/




CURAR DO SONHO - Parte 2

Jean-Luc e Irmão K

Sábado, 11 de maio de 2024

 

Eu me chamo Irmão K. Honro e saúdo a vossa presença e agradeço-lhes por me terem escutado e acolhido.

Nós vamos, esta manhã lançar as bases do vosso comportamento para sair do sonho, para se curarem do sonho. Este é, de fato, o momento de aplicar, tão intensa e verdadeiramente quanto possível, a Aceitação do sonho e o Silêncio diante do que está acontecendo. É a única maneira, como já dissemos, de atravessar todos os acontecimentos da vossa vida e os acontecimentos deste mundo. Nós explicamos que os acontecimentos menos felizes que viveram ou que vão viver são oportunidades únicas para viver dentro do que Vocês São.

Até agora, a vida lhes tem chamado para manterem o sonho de maneira viva e lúcida. A aceitação de tudo o que pode acontecer em vocês e no vosso exterior leva-os a compreender que vocês não são deste mundo, mas que, como todos nós já o vivemos, vocês ainda estão neste mundo com as suas limitações e obrigações, das mais simples às mais complexas.

Até agora, sempre lhes foram pedidos que assumissem o que tinham de assumir. Mas hoje, vocês são e vocês serão cada vez mais numerosos a assumir o que vocês são por dentro em detrimento do que está fora. Todas as circunstâncias da vossa vida individual, como já dissemos, e como escreveram, recordo-lhes, só existem para favorecer a intensidade do que são e a redução do que podem ter acreditado ser na ilusão. E isto também dirá cada vez mais respeito às vossas obrigações e às vossas funções no sonho e no efêmero.

Em outras palavras, vocês perceberão por si mesmos, se é que ainda não o fizeram, que este estabelecimento do Real terá cada vez mais dificuldade em aceitar a ilusão. E lembrem-se que, seja qual for a dureza ou a complexidade do que têm de viver hoje, há, por detrás de cada questão e de cada sofrimento, uma capacidade cada vez maior de se voltarem para aquilo que sempre foram, para além daquilo a que chamamos com vocês de cena do teatro, a cena do sonho, aquilo a que muitos místicos orientais chamaram maya ou ilusão.

Tudo o que está inscrito no seio de uma forma, aqui como noutro lugar, é chamado de maneira inexorável a aparecer e a desaparecer. Chegou o momento de compreender e viver que o que aparece e desaparece, seja a que nível for, não pode ser verdadeiro. O Real é imóvel. A manifestação do sonho chamado amor é um movimento permanente, ilustrado pelas vossas células, como por um planeta ou um sol, seja ele qual for.

Chegou o momento de compreender, vivendo-o, que vocês não são parte de nenhum sofrimento, nem de nenhuma falta, mas que é através do jogo da experiência da vida que redescobrem a origem da Vida, como a origem dos mundos e a origem da a-consciência. Há uma Fonte para a Vida e vocês são essa Fonte. Há uma Fonte de Amor, há uma Fonte de Luz e vocês são a forma e a consciência que manifestam a Luz e o Amor no sonho. Mas vocês são anteriores ao Amor, à Luz e à forma. E é neste momento que se lembram, literalmente, do que são na Verdade.

Vocês aceitam o sonho porque compreendem, nesse momento, que não podem estar em mais lugar nenhum a não ser onde estão. E, quaisquer que sejam os desafios do vosso personagem, da vossa história ou da vossa vida neste momento, eles representam apenas oportunidades e ocasiões para se descobrirem na totalidade. Lembrei-lhes que o mais importante é o Grande Silêncio, porque o Silêncio é Acolhimento e Aceitação, porque o Silêncio literalmente os extrai do sonho, da consciência.

E também vos disse, falamos longamente sobre o fato de que todas as formas de vida, aqui e em toda a criação, estão a experimentar o mesmo regresso à Verdade, onde podem ver por si próprios que ela sempre esteve aí, apesar de todas as circunstâncias e de todo o sofrimento aparente. Lembrem-se também, como falamos esta manhã, que é extremamente importante, ao longo dos vossos dias, encontrar momentos de Solidão e Silêncio. Estou a falar de momentos de Presença, não de meditação com uma meta ou um objetivo, mas de momentos de Silêncio e Solidão onde vocês entram no interior daquilo que são.

Estes são momentos de grande reconciliação com a Verdade e a Realidade. Quaisquer que sejam as vossas obrigações, quaisquer que sejam os vossos interesses neste mundo, só o vosso interesse pelo Real e a única Verdade deve prevalecer. Não se trata, simplesmente, de recuperar ou de encontrar um corpo de Luz, trata-se, antes de tudo, a partir de agora, de redescobrir o que Vocês São além do Ser e além do Não-Ser. E isso só é possível na Solidão, só é possível no Silêncio, só é possível na imobilidade do corpo, nesse espaço no meio do peito, onde não é preciso pedir nada e, sobretudo, não esperar nada.

Já dissemos que qualquer expectativa ou esperança os distancia do que são, qualquer que seja essa esperança. E, quaisquer que sejam os eventos que lhes são anunciados pelo que se desenrola, neste exato momento, na Terra, vocês não estão onde vocês estão para esperar qualquer recompensa, ou mesmo qualquer finalidade, porque uma finalidade, qualquer que seja, mesmo através de eventos, inscreve-se, obviamente, na noção de tempo e de espaço. Na verdade, eu lhes digo, não há nem tempo nem espaço, e apenas o repouso, o Silêncio e a Solidão podem permitir-lhes experimentar isso, e compreender que a vossa única exigência, se é que ainda podemos falar de exigência, é viver o Real.

Tudo o que possa ocorrer, seja vibratório, visionário ou percetivo, a partir de agora, lhes afastam do que são. O que chamei novamente esta manhã de crucificação e ressurreição é, em última análise, apenas uma libertação da idéia de ser algo diferente do que vocês são, aqui no Instante. Não deve haver nenhum objetivo, nenhuma preocupação com o que pode acontecer, mas simplesmente uma evidência que se revela, e é nesse espaço sagrado, que é sem tempo e sem espaço, no que foi chamado por outras vozes, o Coração do Coração ou o Tempo Zero, que vocês podem viver e, portanto, compreender o que Vocês São.

Nenhuma palavra é necessária, nenhuma visão é necessária, o princípio do Acolhimento e da Aceitação, assim como o Silêncio, pode, agora, silenciar o mental e qualquer projeção de sua consciência. Da mesma forma, ele vai acabar, em vocês, com qualquer noção de expectativa ou de esperança de algo exterior.

Nós sempre dissemos, uns e outros, que nenhuma data, pensamento ou dado pode ser verdadeiro. No entanto, dentro da cena do sonho, há marcadores que são cósmicos e planetários, que foram perfeitamente explicados no seu tempo por Sri Aurobindo de forma vibratória e literal, tanto no Apocalipse de São João como noutros visionários ou profetas.

Vocês devem compreender que não devem esperar por nada, e considerar firmemente que tudo já está evidentemente realizado desde toda a eternidade. Como já dissemos várias vezes, o alfa encontra o ômega, apenas a ilusão da distância e do tempo colocou um caminho entre o alfa e o ômega.

Vocês têm de compreender e viver que o alfa não é outra coisa senão o ômega, e que o ômega não é outra coisa senão o alfa. Caminhamos juntos esta manhã para lhes ajudar a evitar manter a menor pretensão de ser qualquer coisa que não seja o que SÃO, porque vocês não podem estar em nenhum outro lugar que não seja onde estão, quaisquer que tenham sido as vossas capacidades de viagem, visão ou vibração.

O momento é propício a esse grande Silêncio, no qual o Real só pode aparecer, libertando-lhes do sonho, curando-lhes, literalmente, do sonho, não para destruí-lo, nem para fugir dele, mas, bem mais, para consumi-lo no instante zero, ou, mais adequadamente, para deixá-lo consumir-se diante do Real. Vocês estão verdadeira e ativamente nestes momentos. Os sinais interiores e os sinais celestes e planetários não deixam dúvidas quanto ao resultado da cura do sonho.

Já faz anos que Bidi disse que não se pode mudar uma vírgula do que está acontecendo, para cada um de vocês, para cada um de nós, e para o mundo e a criação na sua totalidade. Mas que, da vossa capacidade de permanecerem o maior tempo possível dentro, dependeria por assim dizer a aceleração do cenário ou da sua  desaceleração.

Qualquer busca de datas, seja em relação à visibilidade de Nibiru, seja em relação ao chamado de Maria, não precisa ser esperada ou procurada. A vossa tarefa mais importante é passar a maior parte do Vosso tempo possível no grande Silêncio. E, parafraseando Bidi, eu os aconselho a adotar, hoje, esse ponto de vista essencial, que é o de dizer a si mesmos que tudo o que deve acontecer acontecerá, o que quer que vocês façam, e que o que não deve acontecer não acontecerá, o que quer que vocês façam também.

É um convite a uma forma de neutralidade benevolente que amplificará a vossa capacidade de acolhimento, a vossa capacidade de aceitação e também a vossa capacidade de se manterem no grande Silêncio sem esforço. Este é o único lugar, se é que posso dizer, onde ficarão completamente satisfeitos.

Os sinais celestes que estão presentes desde ontem são um convite a viver cada vez mais o Real e cada vez menos nas ilusões. Tal é o amor, tal é a sabedoria, daqueles que conseguem ver que tudo o que se desenrola não pode ser verdade.

Ao longo dos anos, temos falado muitas vezes do fim dos tempos ou do fim dos mundos, mas vocês não estão de modo algum ligados a qualquer fim, porque vocês são aquilo que nunca pode acabar, porque vocês são aquilo que não conhece princípio nem fim. Esta é a revelação suprema, esta é a única revelação daquilo a que chamei esta manhã de a vossa Divindade.

Tudo o que fiz esta tarde foi acrescentar e clarificar o que disse esta manhã. Para além das minhas palavras e para além do próprio significado dessas palavras, o que foi expresso vai muito para além dessas palavras. O que foi expresso é recebido em silêncio, o que foi expresso corresponde-lhes na totalidade, onde nenhum conceito pode surgir, onde mesmo a noção de Real e de ilusão já não tem qualquer significado neste famoso Tempo Zero, onde vocês se lembram que são aquilo que é anterior a tudo e posterior a tudo. Só aí que vocês podem reconhecer-se.

Dissemos que todo o conhecimento e todas as experiências que tiveram são simplesmente ignorância de quem vocês são. Compreendam bem que não há aqui conceitos novos, e que, no final, as minhas palavras não são para serem compreendidas, mas simplesmente para serem acolhidas e vividas.

Como disse Abba, cada um de vocês é Abba. Cada um de nós e cada um de vocês contém a totalidade do sonho da criação. Há apenas uma consciência fragmentada numa infinidade de tempos, mundos, dimensões e espaços e, no final, de fato, nunca houve ninguém. Estas palavras não são conceitos, muito menos pensamentos, e muito menos opiniões que eu possa dar-lhes  mas sim a Realidade que estão a viver e/ou que irão viver.

Naturalmente, o Comandante assim como Bidi, se tiverem tempo, estarão presentes para comentar o que se passa, quer no palco do teatro para o Comandante, quer para lhes fazer reviver o Coração a Coração com Bidi.

A minha intervenção de hoje, após sete anos de silêncio, é, como disse há pouco, a concretização do que disse na minha última intervenção em 2017, mas também do conselho que vos dei no início das minhas intervenções sobre as imagens, quer nas vossas telas, interiores como exteriores, que não são mais do que magia, “I-magem”. Imagem que pertence à imaginação, ao mundo da percepção, enquanto no Real não há nada para ver, nem mundo, nem forma, nem amor, nem luz, e no entanto contém tudo isso.

Cada um de nós e cada um de vocês é chamado a viver a resolução da criação. Por conseguinte, somos todos chamados a recordar o que somos, e o que somos não tem nada a ver com a manifestação da vida, pois estamos para além de toda a forma. Somos Inteligência, somos espaço e Luz, mas somos sobretudo aquilo que é anterior a tudo isso.

É isso que é o Real, é isso curar do sonho. Em última análise, é uma coisa muito simples, e certamente hoje muito mais do que antes, simples de realizar o que vocês são e sobretudo o que vocês não são. Enquanto vocês acreditarem que podem definir, não podem ser o Real, não podem definir nada do que são, e simplesmente, como disse Bidi, vivam-no, redescubram-no.

Não se trata apenas, isso também eu já lhes disse, de vomitar o mundo, mas de compreender o que é a doença da consciência, o que é a doença da forma, o que é a doença dos universos e dos multiversos. Todos nós nos prometemos, desde o primeiro sopro, se assim posso dizer, desde o primeiro alfa, que este seria o nosso ômega.

Chegou o momento de se recordar, mas recordar aqui não é um ato de memória situado num tempo passado ou futuro, mas esteve sempre lá no meio do seu peito, lhes acompanhando na experiência da forma, na experiência da ilusão da separação.

Era isto que eu queria dizer-lhes esta tarde, de maneira formal.                                          

 

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Transcrição do áudio: Equipe Agapè

Tradução: Alberto Cesar Freitas


Fonte da Imagem: 

https://www.facebook.com/groups/293893747352484/


PDF (Link) : CURAR-DO-SONHO-IRM-O-K-Parte-2-N



2 comentários:

  1. Gratidão a todos os que permitiram que pudesse ler e sentir as palavras do Irmão K.

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