A FONTE - 30 de novembro de 2024

 

Áudio Original :

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A FONTE
30 de novembro de 2024

Jean-Luc: Bem, para você... deixe-me lembrá-lo de ligar o som e depois pode se deitar, o importante é ficar com os olhos fechados e se possível não se mexer. Instale-se confortavelmente.  Agora, no nível da tua atitude interior, não peça nenhuma cura específica para si mesmo, simplesmente esteja presente e no acolhimento do que vai acontecer.

Meu Amigo, meu Amado, o tempo é cumprido e esse cumprimento é o tempo da tua Lucidez, o tempo da tua Presença conjugada com tua Ausência.

É chegado o tempo de Renascer para si mesmo, é chegado o tempo de te reconhecer e de te conhecer. É chegado o tempo de te oferecer a tua Verdade, de te oferecer o dom da Graça, no seio da luz inicial, que é também a luz final, aquela da primeira emanação e da última emanação da própria Luz, Luz do Amor e da Sabedoria, tendo cumprido e percorrido, como você, A Peregrinação da Eternidade.

E você, Peregrino da Eternidade, é chegado o tempo de largar os hábitos que usou de vida em vida, aqui nesta terra, como nas terras de tuas origens e de tua linhagem. Você percorreu os mundos da criação, já jogou, já conheceu o prazer e o sofrimento. Conheceu o valor relativo do efêmero. Você experimentou o que está acima. Você experimentou o que está abaixo.

É tempo de se juntar a você no meio de si mesmo, no Coração do Coração do Mistério, no Coração do Coração do Real, onde não há nem você nem eu, onde não há outro, onde não há ninguém e ao mesmo tempo todas as pessoas, onde estão todas as consciências, fragmentadas e divididas, mas também unificadas.

É tempo de sair do espelho. Você já explorou cada faceta. Você já explorou cada mundo. E aí, onde você está, na idade que você tem, no corpo que você habita e até mesmo na consciência fragmentada do teu indivíduo, o momento é de reunificação, de modo que nenhuma separação permaneça, porque você é a Morada da Consciência, você já explorou as muitas moradas. Mas sua verdadeira morada não deve ser de nenhuma morada porque você é de todos os lugares, Filho da Lei do Um, Criança e Filho Ardente do Sol, Primeira e Última Centelha de Luz, Portador da Chama do Amor, Portador da Chama da Sabedoria.

O tempo é chegado de ingressar nesta morada final, onde nenhum sofrimento pode penetrar, onde não possa existir falta, para sermos saturados de Alegria e Silêncio. Shantinilaya é a antecâmara do Real.  E você entra no lugar onde o Silêncio é a única testemunha da Beleza do Real. Beleza sem forma, Beleza que não depende de nenhum tempo e Beleza que não pertence a nenhum mundo, onde tudo é apenas Esplendor, onde tudo é apenas Evidência, onde nenhuma pergunta pode permanecer.

Meu Amigo, meu Amado, você é esse que está imóvel no meio das batidas do seu coração. Você é o que não vive mais o movimento de inspirar e expirar. Você é muito mais do que tudo o que pode imaginar, sonhar ou crer. Você é o silêncio no qual se apoiou a Criação. Você é a beleza que, quaisquer que sejam as provações que você suportou e viveu, não pode ser retirada. Você é essa Beleza sem fim, que não depende de uma cor, que não depende de uma forma e muito menos de uma consciência.

Você está onde não há mais conflito, você está onde não tem nada a provar para si mesmo, nem nada a provar ao mundo, porque você mesmo é a prova da prova, a prova da Verdade, a prova da Luz, a prova da Sabedoria, não importa o que diga teu personagem limitado.

Onde quer que você esteja, você escuta e ouve, mas prefere o Silêncio, porque é neste Silêncio que as feridas que afetaram esta encarnação são curadas. Você fica aí, ainda presente no seio do que é falso, mas totalmente presente para ti mesmo. Deixe o sonho desaparecer, deixe as sombras e os véus se dissolverem graças ao poder do Silêncio. Se você estiver de acordo com o silêncio, nada neste corpo, nada em tua história poderão afetar o que você reencontra em ti mesmo, respeitando o juramento e a promessa que nós nos concedemos mutuamente dentro do sonho da criação.

Na realidade, nada desaparece. Na realidade, nada aparece. É apenas você que descobre que sempre esteve aí e que simplesmente participou do Jogo da Criação. O jogo às vezes é agradável, às vezes desagradável, mas continua sendo um sonho e um jogo sem esperança. A única esperança é O Que Você É. A única esperança sempre foi o que você foi e sempre será o que você será, porque o que você foi, O Que Você É e o que você será está inscrito na Permanência do que jamais se moveu. É a imobilidade que permite o movimento, assim como o cubo da roda permite o movimento, mas não se move.

É tempo de entregar-se. É tempo de esquecer qualquer pretensão de ser algo que você não é. É chegado o tempo do Amor, aquele que não conhece condição, nem personificação. É esse Amor que você é, que você é quando não está numa forma, que você é quando não está mais na história do sonho. E é sobretudo o Juramento e a Promessa que realizamos durante a fragmentação da consciência, durante a divisão do tempo e dos espaços. Você escreveu que, num determinado momento, a divisão cessaria por si só, que a fragmentação viveria tua reunificação, a partir do momento em que você despertasse a ti mesmo.  

Muitos de vocês, viveram inúmeras preparações nesta vida, para se encontrarem neste novo tempo que marca o fim dos tempos e, portanto, o fim da ilusão. É tempo de perceber que você é a totalidade do que vê e vivencia e, ao mesmo tempo, é aquele que não pode ver e que não pode viver. Aí, no Coração do Coração, neste Silêncio Majestoso, abre-se um espaço de resolução, um espaço de alegria, que não leva em conta nenhuma circunstância do seu personagem ou do seu mundo.

É suficiente estar aí, no Silêncio do seu corpo, no Silêncio da tua consciência, para simplesmente reconhecer minhas palavras, porque essas palavras que estou pronunciando, essas são as palavras que você pronunciou para ti mesmo, no momento do Jogo da Criação. Você não podia se perder. Não podia se ignorar. Mas para fazer isso, você teve que chegar a este momento em que estou falando com você, onde não há mais nenhum significado a ser encontrado no exterior, onde tudo acabou em uma rua de mão única.

É aqui que a cena final o aproxima de ti mesmo. Você não precisa fazer nada além de te acolher em totalidade. Não há defeito, não há qualidade que possa resistir à Verdade.

O tempo é chegado para a última Graça, aquela do perdão à ofensa de você te acreditar separado e dividido. Esta ofensa não é uma falha e também não há nenhuma culpabilidade nela. Estas são apenas as regras do jogo que você, como eu, escrevemos, da mesma forma que uma peça de teatro deve ser escrita antes de ser encenada. Você participou de uma peregrinação, você participou da liberdade de consciência, bem como dos seus disfarces, das suas ilusões.

O tempo é de descanso. O tempo chegou para você deixar o Silêncio que existe em meio às batidas do seu coração. O tempo chegou para ouvir o que até mesmo a tua respiração está lhe dizendo, onde há um equilíbrio entre a inspiração e a expiração, e se você ficar aí, no Coração do Coração, ouvindo o seu coração ao mesmo tempo em que ouve o Silêncio, então você se ouvirá por meio do Coro dos Anjos. Você reconhecerá a Sonoridade Suprema que também foi o Primeiro Som do Universo.

A criação nasce pelo Verbo e o Real nasce pelo Silêncio. Então ouça o silêncio, quaisquer que sejam os ruídos do seu corpo, quaisquer que sejam os ruídos do mundo, quaisquer que sejam os ruídos da tua cabeça. Você é o Silêncio além do barulho, você é o Amor além do medo, você é a Sabedoria no meio da tua loucura.

Hoje eu te convido, mais do que das outras vezes, a se juntar a você mesmo, a te reunir contigo. E só o Silêncio permite isso. Aí você me escuta, com os olhos fechados, o corpo imóvel, e essa Presença e essa Ausência que nascem no teu Coração são a única realidade na qual você pode se reconhecer. E você está aí comigo, e você está em mim, assim como eu estou em você. Acabemos com a distância. Acabemos com a ilusão de que o tempo está passando para que possamos descobrir que O Que Você É não passará jamais.

E O Que Você É está além do Ser e do Não-Ser. O Que Você É está além da Presença e da Ausência. Além de que, a noção de Paraíso Branco, de Presença Infinita ou de Presença Última ainda mostram que o sonho está aí. Não hesite em te reconhecer, não hesite em te acolher, não hesite em te aceitar.

Perdoe o que você acha que deve perdoar, assim como você é perdoado pelo que acha que deve ser perdoado. Tua consciência encolhe até o Ponto Zero do teu Coração, como se você fosse reabsorvido pelo Nada que contém Tudo.

Talvez ainda exista em você uma leve apreensão, mas deixe isso passar, pois você descobrirá que é aquele que não passa jamais. Até mesmo a palavra Agapè, até mesmo a palavra Alegria, desaparecem por si mesmas diante desse Estado Natural.

Você está onde tudo é perfeito, você está onde nada pode mudar, você está onde está em casa. Não é apenas uma morada, há inúmeras moradas, mas somente você contém todas as moradas. Você já conheceu todas elas, já experimentou todas elas. Não precisa se lembrar delas, não precisa se recordar delas. Isso é suficiente para que você aceite O Que Você É na Verdade.

O Juramento e a Promessa não se trata apenas de ouvir, não se trata apenas de escutar, trata-se, acima de tudo, de Vivê-lo, e quando você o vive, você o reconhece. Não pode haver a menor dúvida, não pode haver a menor pergunta, porque tudo é límpido, porque tudo é claro, porque tudo é transparente.

Poderia ser uma imagem de perfeição, mas você não precisa mais de nenhuma imagem ou representação. Não há mais imagem, não há mais representação, isso fala por si só. Não há mais espaço para o menor conceito, não há mais espaço para a menor ideia. Assim é a Perfeição e a Beleza do que não pode ser visto, do que não pode ter sido, mas que é vivido em totalidade.

Meu Amigo, meu Amado, esse juramento e essa promessa esperam apenas por você. Meu Amigo, meu Amado, você está esperando por si mesmo há muito tempo e espaço. E assim, o casamento de si mesmo consigo mesmo está firmado em você. Não se trata mais de um casamento celestial, nem de um casamento místico, mas de um casamento que é muito mais real do que qualquer um deles. Esse casamento põe fim à distância, ao tempo e ao espaço, e ao mito da individualidade.

Você vive essa experiência sozinho, e sozinho com a imensidão da Criação. Você descobre que não existe ninguém. Você descobre que tudo o que fez foi sonhar, sonhar e esperar pela perfeição, a perfeição que você sempre foi, mas que teve de esquecer para jogar o jogo da imperfeição.

Agora chegou o tempo de celebrar esse casamento e prestar homenagem a ele. É uma homenagem de você para você mesmo, não apenas na efemeridade de seu personagem somente, mas uma homenagem ao conjunto do sonho.

Porque, qualquer que tenha sido o teu sonho, você consentiu livremente em percorrê-lo, mas agora é tempo de perceber que, na realidade, foi apenas um sonho e que, quaisquer que sejam as tristezas e afeições que ainda possam estar presentes em você, por meio deste Juramento e desta Promessa que estamos vivendo juntos, tuas tristezas e sofrimentos estão resolvidos, porque as tristezas e os sofrimentos, assim como a própria falta, pertencem ao sonho.

Você não pertence ao sonho, você viveu seu sonho, aceitou tuas limitações e sofrimentos, mas O Que Você É jamais sofreu, mas O Que Você É não pode nascer, O Que Você É não pode morrer, O Que Você É não pode se mover, O Que Você É, é Alegria, O Que Você É, é Paz, O Que Você É, é Verdade.

Armado com essa certeza, armado com essa Verdade, você está pronto para enfrentar os desafios finais do sonho, porque sabe que é apenas um sonho. Dessa forma, tudo o que te perturba é entregue ao Coração do Coração, o lugar da Graça e da Cura. Você se reconheceu e se reconhecerá cada vez mais. Assim, o sonho recua, tua vida pode parecer recuar, mas isso é para o benefício da Vida.

Ao descobrir a Vida, o jogo da consciência, o jogo da forma por meio dos inúmeros mundos manifestados, você reconhece tua própria completude. Você se junta às moradas da eternidade, que vão todas para a Morada da Paz Suprema, onde tua Presença Suprema e tua Presença Infinita se encontram.

Apenas esteja aqui, como eu estou aqui. Não há nada a ganhar, não há nada a perder, porque tudo sempre foi imutável, porque você sempre esteve aí e sempre estará aí. Você não precisa de nada, nenhuma forma, nenhum mundo, nenhuma consciência. Você sempre foi a perfeição, sempre esteve aí, não importa o que seu sonho lhe diga, não importa o que tua história lhe diga, você sabe que, na verdade, não é nenhuma dessas coisas. Você é a Vida, você é o Impessoal, você é o Coração dos Anjos, você é Eynolwaden, você é a dança dos universos ao redor do centro galáctico. Você pode ser tudo e, de fato, você é tudo, mas esse Tudo em si é baseado na perfeição do Nada.

O que o ego, com medo, chama de Nada, não está vazio, mas cheio. Cheio de Vida, cheio de todos os teus sonhos, mas também cheio da Verdade do Real. Aí, você que está de olhos fechados, imóvel e esticado, simplesmente presente no momento, esqueça até mesmo o significado das palavras que eu disse, porque minhas palavras estão aí apenas para conduzi-lo ao Silêncio.

Continuem a estar presentes no Coração do seu Coração, bem como no Coração do Coração de cada pessoa, porque estamos de fato falando de um único Coração. Porque estamos falando de uma única consciência, e esse Coração e essa Consciência Única são apenas a expressão da beleza dentro do sonho.

Por meio do Sagrado Coração, aquele com suas vinte e quatro facetas como um diamante, esse diamante que você é, que não precisa ser lapidado nem polido, é tudo O Que Você É, mas também, ao mesmo tempo, tudo o que você não pode ser.

Esse Coração do Coração é o lugar onde o Ser e o Não-Ser se fundem para dar à luz ou renascer essa Alegria sem objeto e sem sujeito, onde você não precisa de palavras, onde você é o testemunho livre da Vida e da Verdade.

É tempo agora de fechar o espaço das minhas palavras, é tempo de você desfrutar do Silêncio e de se estabelecer permanentemente nesta Morada de Paz Suprema, a antecâmara do Real. O Que Você É, é Real, somente a Vida é Real. O Que Você É, é o Real além de todos os movimentos dessa personagem que você encarna.

O Que Você É não tem idade, O Que Você É não conhece os ciclos do universo, O Que Você É não precisa de definição, O Que Você É, é o testemunho e a homenagem do Real. Este é o Estado Natural, este é Parabrahman, este é o Absoluto, este é a A-Consciência.

Você é O Que Você É. “Ehyeh Asher Ehyeh”, dizia Metatron, e você é tudo isso e nada além disso. Lembre-se, tudo o mais passará. E você nunca passará, não precisa de passado, não precisa do futuro, não precisa do tempo, não precisa de experiência, precisa apenas saciar tua sede de Verdade, precisa apenas se estabelecer e manter esse estado mesmo quando seu corpo se mover.

Esse é o juramento, a promessa que não é mais uma promessa, porque quando a promessa e o juramento são vividos, então não há mais distância, então não há mais nada pelo que esperar. Assim como não há nada a temer ou esperar, há apenas que estar lá, onde você está. Onde você é o Eu Sou, onde Nós Somos Eu Sou Um, tal é o milagre da Graça, tal é a Dádiva da Vida.

Você sempre foi perfeito, apenas o sonho, mesmo o mais belo, permanecerá imperfeito. A perfeição não pode existir no sonho, por mais grandioso que ele seja. Somente a beleza existe no Real, onde você está sozinho, onde não há mais ninguém.

Meu Amigo, meu Amado, permita-me selar essas palavras no Coração de seu Coração.

Meu Amigo, meu Amado, você se escutou e se ouviu. O momento agora é de Silêncio e de Viver essas palavras. Seja O Que Você É e O Que Você É, é O Que Você É.

Meu Amigo, meu Amado, nossas bênçãos estão com você. Meu Amigo, meu Amado, que a Paz o acompanhe e que o Silêncio ressoe dentro de você como um chamado permanente do Juramento e da Promessa vividos.

Meu Amigo, meu Amado, eu lhe digo: Até sempre.

Au revoir...

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Transcrição do áudio: Equipe Agapè

Tradução: Marina Marino

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